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Vacinas do bebê: calendário de vacinação mês a mês

dr vinícius francisco zacarias gonçalves

Revisão clínica: Dr. Vinícius Gonçalves

Revisado:

As vacinas do bebê são muito importantes para a prevenção de doenças e para a promoção da saúde do pequeno, principalmente dos recém-nascidos, que ainda estão com o sistema de defesa em pleno desenvolvimento.

Para te ajudar no planejamento do calendário vacinal, citaremos aqui embaixo quais vacinas o seu bebê deve receber do nascimento aos 4 anos de idade. 

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Além disso, deixaremos indicado quais imunizantes são disponibilizados pelo governo nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e quais são encontrados apenas em clínicas privadas.

Nascimento

  1. Vacina BCG
  2. Hepatite B

2 meses

  1. Pentavalente
  2. Paralisia Infantil (VIP)
  3. Pneumo 10- valente
  4. Rotavírus Monovalente

Clínicas Privadas: Hexavalente ou Pentavalente Acelular, Pneumo 13-Valente e Rotavírus Pentavalente.

3 meses

  1. Meningo C

Clínicas Privadas: Meningo B e Meningo ACWY.

4 meses

  1. Pentavalente
  2. Paralisia Infantil (VIP)
  3. Pneumo 10- valente
  4. Rotavírus Monovalente

Clínicas Privadas: Hexavalente ou Pentavalente Acelular, Pneumo 13-Valente e Rotavírus Pentavalente.

5 meses

  1. Meningo C

Clínicas Privadas: Meningo B e Meningo ACWY.

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6 meses

  1. Pentavalente
  2. Paralisia Infantil (VIP)

Clínicas Privadas: Hexavalente ou Pentavalente Acelular, Pneumo 13-Valente e Rotavírus Pentavalente.

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9 meses

  1. Febre Amarela

1 ano

  1. Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)
  2. Meningo C
  3. Pneumo 10-valente

Clínicas Privadas: Meningo B, Meningo ACWY e Pneumo 13-valente

1 ano e 3 meses

  1. Tetra Viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Catapora)
  2. Paralisia Infantil Oral (VOP)
  3. Hepatite A
  4. DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche)

Clínicas Privadas: DTP acelular, Hib (Hemófilos Influenzae Tipo B) ou Pentavalente Acelular ou Hexavalente.

4 anos

  1. DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) ou Pentavalente
  2. Paralisia Infantil Oral (VOP)
  3. Catapora
  4. Febre Amarela

Clínicas Privadas:  Meningo ACWY

Preço das vacinas nas clínicas particulares:

  • Hexavalente ou Pentavalente Acelular, Pneumo 13-Valente e Rotavírus Pentavalente: o pacote custa aproximadamente R$ 600,00, mas o preço varia de cidade para cidade.
  • Meningo B e Meningo ACWY: custa em média R$ 600,00, mas o preço varia dependendo da cidade.

Um pouco mais sobre o calendário de vacinas do bebê e da criança

Agora que você já sabe quais as vacinas o seu filho deve receber, falaremos um pouco mais sobre cada uma delas.

BCG (Intradérmica)

A BCG é uma vacina aplicada antes do bebê sair da maternidade, que ajuda a prevenir formas graves de uma doença chamada tuberculose.

Por não ser aplicada no músculo, a “picadinha” não gera dor, vermelhidão ou febre, e costuma cicatrizar entre 3 a 6 meses depois da aplicação

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Atualmente, apesar da vacina não deixar marcas no corpo, NÃO se recomenda que o bebê tome uma nova dose. As únicas exceções são em casos em que não há a comprovação na Carteira de Vacinação de que a criança recebeu a BCG.

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Além disso, o imunizante é contraindicado para recém-nascidos que tenham peso inferior a dois quilos.

Hepatite B (intramuscular)

A vacina da hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida do bebê. 

Ela previne a infecção pelo vírus HVB, causador da hepatite, que é transmitido pelo sangue e/ou contato sexual, e que pode gerar grave lesão no fígado e inclusive câncer.

O imunizante não costuma ocasionar efeitos colaterais graves após a sua aplicação.

A recomendação geral é que crianças prematuras recebam quatro doses da vacina. Já nas demais, só é necessário três doses.

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Pentavalente (intramuscular)

Como o nome sugere, a pentavalente previne contra cinco tipos de doenças. Ou seja, a mesma “picadinha” contém cinco vacinas, e costuma deixar os pais bastante apreensivos por conta dos efeitos adversos do imunizante.

Ela contém:

  1. Hepatite B (reforço)
  2. Hemófilos Influenzae Tipo B – vacina que previne contra esta bactéria que pode causar pneumonias, otites, sinusites e meningites.
  3. DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) – vacina que previne a difteria, o tétano e a coqueluche ou tosse comprida.

A vacina pentavalente pode causar no bebê reações como dor local, febre, vermelhidão, além da formação de um nódulo por cerca de 48h após a aplicação. 

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Não se recomenda o uso de anti-térmicos antes desta vacina. Isso porque já existem estudos que comprovam a redução da eficácia da vacina caso isso seja feito.

Paralisia infantil (VIP ou VOP, intramuscular e oral)

Atualmente, as três doses iniciais de vacina contra a Paralisia Infantil são aplicadas por via intramuscular (injeção) e inativadas, ou seja, seu mecanismo envolve o uso de microorganismos mortos ou partes deles.

Em seguida, assim que o bebê completa o primeiro ano de vida, as doses da vacina são feitas pela boca (primeiro aos 15 meses e depois aos 4 anos de idade), conhecida como a famosa “vacina do Zé Gotinha”.

Ambas as doses não costumam ocasionar reações importantes na criança.

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Vacina hexavalente ou vacina pentavalente acelular (intramuscular)

Tanto a vacina hexavalente quanto a pentavalente acelular são encontradas apenas em clínicas particulares e podem substituir a Pentavalente aplicada nas Unidades Básicas de Saúde.

A Hexavalente é formada pelos seguintes imunizantes: DTPa (acelular) + Hib (Hemófilos tipo B) + Hepatite B + Paralisia Infantil (VIP).

Ou seja, previne contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B, Poliomielite e Hepatite B.

A vantagem da hexavalente, em relação à Pentavalente tradicional, é que a vacina de Coqueluche (DTPa) presente nela conteḿ um componente acelular, o que faz com que a criança tenha menos reações adversas. 

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Além disso, você pode poupar seu filho de uma picada, já que a hexavalente tem a associação da vacina de Paralisia Infantil (VIP).

Por outro lado, a Pentavalente Acelular contém: DTPa+ Hib+ VIP.

Ou seja, diferentemente da Pentavalente das Unidades de Saúde, NÃO CONTÉM a vacina de Hepatite B, sendo uma boa opção como dose de reforço quando o bebê completa 4 meses de idade. 

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Ainda sim, o imunizante apresenta os mesmos benefícios da vacina Hexavalente.

Pneumocócica 10 e 13-valente (intramuscular)

A vacina pneumocócica 10, quando aplicada nas Unidades Básicas de Saúde, contém proteção contra 10 tipos de Pneumococos, bactérias que podem causar pneumonias, otites e meningites. Já a vacina particular possui uma proteção mais ampla, que contempla 13 subtipos de pneumococos.

O esquema básico de vacinação (pneumocócica 10-valente) conta com três doses da vacina, aplicadas no bebê aos 2 e 4 meses, além de um reforço com 1 ano de idade. Por outro lado, nas Clínicas Privadas é aplicada uma dose extra aos 6 meses.

Caso a criança tenha feito o esquema completo com a 10-valente, ela pode se  beneficiar de uma dose extra da 13-valente até os cinco anos de idade para reforçar a imunidade.

Rotavírus (oral)

A vacina rotavírus pode ser do tipo monovalente (quando protege contra apenas um tipo de vírus) ou pentavalente.

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A monovalente é oferecida no Programa Nacional de Imunizações e aplicada quando o bebê completa 2 e 4 meses. 

Já em âmbito privado, o imunizante é pentavalente e aplicado aos 2, 4 e 6 meses de vida. O rotavírus protege contra casos graves de gastroenterocolites, prevenindo vômitos, diarréias e hospitalizações por desidratação.

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Aplicada por via oral (pela boca do bebê), a vacina pode ocasionar sintomas como náuseas, vômitos, e principalmente diarreia leve com presença de raias de sangue cerca de 3 a 4 semanas após a sua aplicação.

Meningocócicas C, B E ACWY (intramuscular)

A vacina contra o meningococo protege contra as meningites e as meningococcemias, que são infecções na corrente sanguínea ocasionadas pela bactéria.

O imunizante oferecido pelo sistema de saúde público é o Meningo C, aplicado na criança aos 3 e 5 meses, com reforço ao 1 ano de idade.

Já em âmbito particular, existe a Meningo B e a ACWY. Nestes casos, o bebê recebe a vacina aos 3 e 5 meses e reforço entre 12 e 15 meses de vida.

A vacina começou a ser oferecida no Programa Nacional de Imunizações em 2010. Com isso, houve uma queda vertiginosa dos casos de meningites causadas pelo meningococo do Tipo C, ainda principal agente responsável pela doença no Brasil.

No entanto, nos últimos anos observa-se um crescimento importante do tipo B e do tipo W-135 da doença.

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A vacina pública não costuma ocasionar reações importantes no bebê, bem como a vacina ACWY. Já a vacina contra o meningococo do Tipo B costuma gerar dor e febre nas primeiras 48 horas após a sua aplicação. 

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O uso de anti-térmicos antes da realização dessa vacina está liberado e é inclusive recomendado.

Febre amarela (intramuscular ou subcutânea)

A vacina da febre amarela é a forma mais eficaz de prevenir a doença. A criança deve receber uma dose aos 9 meses e o reforço aos 4 anos de idade.

O imunizante pode ser aplicado de forma intramuscular ou subcutânea e geralmente não apresenta reações graves. A única contraindicação da vacina é em pessoas que tenham alergia GRAVE ao ovo.

Sarampo, caxumba e rubéola- SCR (subcutânea)

A vacina para sarampo, caxumba e rubéola-SCR é aplicada aos 12 meses (Tríplice Viral), com reforço aos 15 meses, associada à catapora (Varicela).

Os efeitos adversos são pouco comuns e, quando presentes, costumam se manifestar após o quinto dia de aplicação até o décimo segundo dia. Os principais sintomas são dor, febre, redução do apetite e irritabilidade. 

Catapora (subcutânea)

A vacina da catapora pode ser aplicada junto com a vacina de Sarampo, Caxumba e Rubéola ou separadamente. Quando feita de forma isolada, causa menos reações adversas.

Atualmente, as crianças recebem uma dose do imunizante aos 15 meses e um reforço aos 4 anos.

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Em âmbito particular, uma nova dose de reforço é possível ser aplicada 3 meses após a primeira dose da vacina.

Hepatite A (intramuscular)

A vacina da Hepatite A previne a infecção pela doença. Diferentemente do vírus da Hepatite B, ela é disseminada por via oral-fecal, ou seja, por água e alimentos contaminados.

Na grande maioria dos casos, a doença provoca vômitos e diarreia, além de sintomas leves. No entanto, pode evoluir para a forma grave e fulminante.

O esquema básico de imunização prevê uma dose aos 15 meses de vida do bebê. Uma nova dose de reforço é indicada 6 meses após a primeira dose da vacina, mas ocorre apenas em clínicas particulares até o momento.

Campanha de vacinação

Além do calendário básico citado acima, o governo realiza anualmente as campanhas de vacinação de:

Sarampo

Dose única da vacina para crianças entre 6 meses e 1 ano de idade.

Vacina não contabilizada no calendário, ou seja, a criança deve receber a mesma vacina aos 12 meses e 15 meses para estar protegida contra o vírus.

Pólio (VOP)

A famosa vacina do Zé Gotinha. Uma dose do imunizante é oferecida todos os anos, dos 12 meses aos 5 anos de idade.

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Gripe

Vacina liberada a partir dos 6 meses. O Programa Nacional de Imunizações realiza a vacinação nos meses de inverno para crianças dos 6 meses aos cinco anos de idade, estendendo-a em alguns casos específicos.

A vacina pública é Tríplice Viral, enquanto a particular é Tetra Viral, que protege contra dois tipos de Influenza do Tipo A e do Tipo B.

Na primeira vez que a criança recebe a vacina, recomenda-se duas doses com intervalos de um mês entre elas. Posteriormente, é necessário aplicar apenas uma dose a cada ano.

Por se tratar de vacina inativada, não gera sintomas gripais associados à doença.

1. Calendário Nacional de Vacinação. Ministério da Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao

2. CALENDÁRIO de VACINAÇÃO SBIm CRIANÇA VACINAS DO NASCIMENTO AOS 2 ANOS de IDADE DOS 2 a <10 ANOS DISPONIBILIZAÇÃO DAS VACINAS. https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf

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