O hemograma é o exame que analisa a quantidade e a qualidade dos três principais grupos de células do sangue:
- Glóbulos brancos (leucócitos);
- Glóbulos vermelhos (hemácias);
- Plaquetas (coagulação sanguínea);
Além disso, ele também serve para monitorar algum tratamento que esteja sendo feito pelo paciente e se o mesmo apresenta alguma alteração no organismo.
Para que serve
O hemograma serve para auxiliar o diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que provocam alterações no sangue, como, por exemplo:
- anemias;
- infecções;
- distúrbios da medula ósseas;
- inflamações;
- alterações nas plaquetas;
- câncer, especialmente leucemia e linfoma;
- acompanhamento de situações que possam comprometer o funcionamento da medula óssea.
Hemograma detecta DST?
O exame não detecta Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), mas pode auxiliar no diagnóstico de outras doenças causadas pela infecção, como anemia, leucemia, alterações no sistema imunológico, entre outras.
Para se ter o diagnóstico correto, é necessário realizar exames de sangue específicos para o vírus ou agente causador da infecção.
Preparo para realizar o hemograma
O paciente não pode ingerir bebidas alcoólicas 72 horas antes do exame, além de evitar fazer exercícios físicos na véspera, a fim de evitar uma desidratação.
Ademais, é preciso seguir uma dieta leve um dia antes da realização do hemograma e, com isso, não é necessário fazer jejum.
Como é feito o hemograma
O exame é feito através de um equipamento de citometria de fluxo, cuja função é contar, avaliar e classificar as células sanguíneas de acordo com os critérios estabelecidos.
Apesar disso, é necessário que seja feita uma análise microscópica, chamada contagem diferencial em esfregaço sanguíneo.
Com isso, é feita uma diferenciação dos leucócitos e visualização de estruturas presentes nas hemácias ou nos leucócitos. Também é possível identificar células imaturas e, assim, auxiliar no diagnóstico da leucemia, por exemplo.
Valores de referência do hemograma
Mulheres
- Hematócrito (%) – 35 a 47
- Eritrócitos (milhões/mm^3) – 4,0 a 5,6
- Hemoglobina (g/100ml) – 12 a 16,5
- Volume corpuscular médio / VGM (µ^3) – 81 a 101
- Hemoglobina corpuscular média / HbCM (pg) – 27 a 34
Homens
- Hematócrito (%) – 40 a 54
- Eritrócitos (milhões/mm^3) – 4,5 a 6,5
- Hemoglobina (g/100ml) – 13,5 a 18
- Volume corpuscular médio / VGM (µ^3) – 82 a 101
- Hemoglobina corpuscular média / HbCM (pg) – 27 a 34
Na gravidez
- Hematócrito (%) – 34 a 47
- Eritrócitos (milhões/mm^3) – 3,9 a 5,6
- Hemoglobina (g/100ml) – 11,5 a 16,0
Recém-nascidos
- Hematócrito (%) – 44 a 62
- Eritrócitos (milhões/mm^3) – 4,0 a 5,6
- Hemoglobina (g/100ml) – 13,5 a 19,6
Bebés até 1 ano
- Hematócrito (%) – 36 a 44
- Eritrócitos (milhões/mm^3) – 4,0 a 4,7
- Hemoglobina (g/100ml) – 11 a 13
- Volume corpuscular médio / VGM (µ^3) – 77 a 101
- Hemoglobina corpuscular média / HbCM (pg) – 23 a 31
Crianças a partir dos 10 anos
- Hematócrito (%) – 37 a 44
- Eritrócitos (milhões/mm^3) – 4,5 a 4,7
- Hemoglobina (g/100ml) – 11,5 a 14,8
- Volume corpuscular médio / VCM (µ^3) – 77 a 95
- Hemoglobina corpuscular média / HbCM (pg) – 24 a 30
Os valores de referência das plaquetas são:
- Plaquetas (µl) – 150.000 a 400.000
Para os glóbulos brancos (leucócitos) totais, os valores de referência são:
- Leucócitos total (mm^3) – 4.000 a 10.000
Se os resultados estiverem dentro dos valores de referência, são considerados normais, caso contrário a alteração deve ser avaliada pelo médico, que poderá dizer se a alteração tem importância clínica ou não.