A libido é o desejo sexual de uma pessoa, ou seja, a vontade que sente de se relacionar sexualmente. É normal que varie de acordo com a fase da vida, podendo ter picos em determinadas faixas etárias e quedas em períodos de maior estresse.
Além da variação normal relacionada a circunstâncias do dia a dia, a redução da libido também pode estar ligada a problemas orgânicos, como doenças que atingem o sistema reprodutor, a distúrbios psicológicos, ou ainda ser o efeito colateral do uso de medicamentos, como alguns antidepressivos.
Em todo o caso, a diminuição da vontade de transar é uma queixa muito frequentes e aparece tanto em homens quanto em mulheres. Pensando nisso, separamos 7 estratégias úteis de como aumentar a libido para te ajudar a alavancar o desejo sexual:
1. Pratique exercícios físicos
A prática regular de exercícios físicos está associada ao aumento da disposição e da autoestima. A atividade também atua liberando hormônios que garantem a sensação de satisfação e bem-estar, como a adrenalina e endorfinas, e ajuda a melhorar a lubrificação da mulher e a irrigação da vagina.
Além disso, se exercitar auxilia na prevenção do sobrepeso e da obesidade, duas condições que podem reduzir as concentrações de testosterona e, consequentemente, diminuir o desejo sexual.
2. Faça mudanças no estilo de vida
Fatores como estresse, cansaço e problemas para dormir podem afetar negativamente a libido. Assim, além da prática de exercícios físicos, vale apostar em yoga, meditação e outras técnicas de relaxamento que ajudem a diminuir a ansiedade.
É importante também garantir uma boa qualidade de sono. Para isto, um conjunto de estratégias chamados de “higiene do sono” podem ajudar: como desligar aparelhos eletrônicos duas horas antes de se deitar, tentar ir para a cama todos os dias no mesmo horário, evitar consumir alimentos energéticos ou cafeína muito tarde, ingerir chás calmantes, etc.
3. Preste atenção na sua alimentação
Hábitos alimentares saudáveis têm benefícios em nosso organismo como um todo, ajudando a prevenir doenças, a promover bem-estar psicológico e muito mais. No caso da libido, uma dieta nutritiva é ainda mais importante, já que a alimentação balanceada auxilia na circulação do sangue, garantindo a saúde do coração e reduzindo o risco de doenças que afetam o funcionamento sexual, como a síndrome metabólica e problemas cardiovasculares.
Além disso, existe uma classe de alimentos considerados afrodisíacos. Apesar de não haver evidências científicas o suficiente para comprovar a sua eficácia na libido, eles podem ser incluídos no cardápio periodicamente por seus benefícios no sistema circulatório e na sensação de prazer.
Este é o caso do chocolate, que aumenta os níveis de dopamina e serotonina no cérebro, melhorando o humor, dos peixes gordurosos (como salmão e atum), que contém altos índices de ômega-3 – associados ao bom desempenho cardíaco – e de frutas como figo, banana e avocado.
4. Aposte em exercícios para fortalecer a região pélvica
A prática sexual prazerosa depende do pleno funcionamento das estruturas da região da pelve e os músculos do assoalho pélvico (MAP). Por isso, cresceu nos últimos anos a demanda por exercícios que ajudam na consciência corporal e no fortalecimento da região.
Os exercícios de Kegel, por exemplo, ajudam na incontinência urinária, na circulação sanguínea e aumentam a sensibilidade durante o ato sexual. Eles podem ser realizados tanto por mulheres – inclusive durante a gestação – quanto por homens, que recebe o nome de pompoarismo masculino.
5. Cuide da sua a autoestima
A visão de uma pessoa sobre seu próprio corpo desempenha papel decisivo no interesse sexual e na satisfação consigo mesma. É importante investir em um tempo diário para si, em que pratique alguma atividade física ou ato de cuidado que gere prazer (seja ele tomar um banho quente e demorado, assistir a um seriado ou realizar uma rotina de skin care).
Para que a relaçao sexual seja mais prazerosa, é fundamental também que o homem e a mulher conheçam o próprio corpo, sabendo seus gostos e preferências e podendo orientar o parceiro e parceira para que o ato seja satisfatório para ambos.
6. Converse abertamente com seu ou sua parceira
Além do diálogo relacionado às preferências sexuais, a conversa deve ser constante, ainda mais em relacionamentos longos. Para sair da monotonia e “esquentar” a relação, vale combinar de passar uma noite fora de casa, tentar posições sexuais diferentes ou então contar com a ajuda de lubrificantes e aparelhos sexuais que ajudem a fugir da rotina.
7. Consulte um médico especializado
Como já citamos, às vezes a redução da libido tem relação com doenças e outros problemas fisiológicos, e nem sempre a falta de desejo sexual pode ser contornada por métodos naturais. Por isso, se o problema persistir por muito tempo ou estiver tendo prejuízo significativo na sua qualidade de vida, é importante consultar um médico para verificar a presença de alguma patologia ou condição que possa estar interferindo negativamente.
Dependendo do diagnóstico, o especialista pode recomendar terapias com baixas doses hormonais – especialmente para mulheres no período de menopausa –, indicar métodos de relaxamento e prescrever a mudança de medicamentos que tenham a diminuição do desejo sexual como um dos efeitos colaterais.
Bibliografia
1. UpToDate. Uptodate.com. Published 2019. https://www.uptodate.com/contents/overview-of-sexual-dysfunction-in-women-management
2. Petering RC, Brooks NA. Testosterone Therapy: Review of Clinical Applications. American Family Physician. 2017;96(7):441-449. https://www.aafp.org/afp/2017/1001/p441.html